Detalhes do Trabalho
Título PT-BR:
Autocuidado de adolescentes e jovens com diabetes mellitus
Autor:
Ainê Santiago Fernandes
Orientador:
Ana Lúcia de Lima Vieira Pinto
Titulação do Orientador:
Mestra
Curso:
Enfermagem
Tipo de Trabalho:
Trabalho de Conclusão de Curso
Assunto:
Adolescentes / Jovens / Autocuidado / Qualidade de Vida
Ano de Defesa:
2025
Biblioteca:
Digital
Área de Concentração:
Ciências da saúde
Linha de Pesquisa:
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Resumo:
Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é considerado um dos principais desafios da saúde pública. Estima-se que aproximadamente 3% da população mundial seja acometida pela doença, que ocupa a nona posição entre as enfermidades responsáveis pela maior redução na qualidade de vida. Na adolescência e nos primeiros anos da vida adulta é comum que o indivíduo não tenha medo e, com isso, desconsidere os riscos à sua saúde, negligenciando consultas médicas, exames e outros cuidados, dificultando o diagnóstico do diabetes e o respectivo tratamento. Objetivo: avaliar o autocuidado de adolescentes e jovens com Diabetes Mellitus. Para tanto, buscou-se conhecer características sociodemográficas e impressões subjetivas sobre a doença em uma amostra dessa população. Métodos: Estudo primário, quantitativo, descritivo e transversal, realizado no Centro de Especialidades Maura Célia Souza de Faria, um serviço público de saúde municipal localizado em Pouso Alegre, Minas Gerais. Critérios de inclusão: faixa etária entre 15 e 29 anos de idade; ambos os gêneros; diagnóstico de diabetes; concordância em participar. Foi utilizado um questionário sociodemográfico e o Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: Amostra composta por 30 adolescentes e jovens com diagnóstico de Diabetes Mellitus, predominando o sexo feminino (80%) e faixa etária entre 15 e 29 anos. A maioria apresentava diabetes tipo 1 (97%) e diagnóstico recente (até 5 anos). Observou-se alta adesão à monitorização da glicemia (80%) e ao uso de medicamentos e insulinoterapia (84%), evidenciando responsabilidade no manejo da doença. Contudo, persistem lacunas no autocuidado, como alimentação inadequada (63% com consumo frequente de alimentos gordurosos), baixa prática de atividade física estruturada (apenas 23,3% realizavam exercícios específicos regularmente) e cuidados insuficientes com os pés (70% não os examinavam diariamente). Conclusão: O fortalecimento da educação em saúde, o acompanhamento multiprofissional e a implementação de políticas públicas de promoção do autocuidado são fundamentais para melhorar o controle metabólico e a qualidade de vida desses indivíduos; e o enfermeiro, enquanto profissional de referência, tem papel estratégico nesse processo, seja na educação em saúde, no acolhimento ou no monitoramento contínuo.
Palavras-Chave PT-BR:
Adolescentes / Jovens / Autocuidado / Qualidade de Vida